Estátua - Bandeirante em Taubaté SP
Foto - Ivan Neder
Denominam-se bandeirantes os sertanistas do Brasil Colonial,
que, a partir do início do século XVI, penetraram
nos sertões brasileiros em busca de riquezas minerais,
sobretudo a prata, abundante na América espanhola, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos.
A maioria dos
bandeirantes eram descendentes de primeira e segunda geração de portugueses em
São Paulo, sendo os capitães das bandeiras de origens européias variadas,
havendo não só descendentes de portugueses, mas também de galegos, castelhanos
e cristão-novos, além de alguns casos de parentescos genoveses, bascos,
sarracenos, napolitanos e toscanos, entre outros . Compunham minoritariamente as tropas segmentos de índios(escravos e aliados) e caboclos (mestiços
de índio com branco) normalmente
chegando a no máximo vinte por cento do contingente total e executando as
tarefas secundárias da tropa, tal qual a manutenção dos mantimentos e cuidados
dos animais de abate.
Informa Afonso d'Escragnolle Taunay, citando uma carta do jesuíta Justo
Mancila, que a segunda bandeira, a de Nicolau Barreto, em
1602, foi composta por 270 portugueses, número elevado, considerando que São
Paulo tinha poucos habitantes: "No ano de 1602, saiu de São Paulo a buscar
e trazer índios, Nicolau Barreto com o pretexto de buscar minas e levou em sua
companhia 270 portugueses e três clérigos".
Além do português, os bandeirantes também falavam a língua tupi e, com ela, nomearam vários lugares
por onde passaram, denominações estas que, muitas vezes, persistem até hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário